Felicidade de Moura Castro
nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 3 de fevereiro de 1885 e faleceu no
dia 27 de janeiro de 1976. Era filha de Maria Amália da Motta Pereira e
Severino Augusto Pereira, ambos portugueses.
Em 1906, casou-se com o Sr.
Antônio de Moura Castro, descendente de uma das mais antigas famílias de São
Miguel dos Campos, em Alagoas e lá radicada desde 1612 em terras doadas ao
Mestre de Campo Antônio de Moura Castro pelo 2º Donatário de Pernambuco, Duarte
Coelho de Albuquerque, terras estas que pertencem, até os dias de hoje, à mesma
família.
Em 1900, aos 15 anos de
idade, matriculou-se na Escola Normal. Concluiu, com distinção, o Curso Normal,
tendo recebido o Diploma em 1º de maio de 1905.Freqüentou, também, em 1905, o
“Pedagogium”, dirigido, então, pelo Dr.
Manoel Bonfim, tendo prestado exames de Taquigrafia, Italiano, Inglês, Medicina
Doméstica, Literatura e Fisiologia.
Exerceu vários cargos no
Magistério. Ainda estudante, foi Adjunta Estagiária e depois efetivada em 1908.
Posteriormente, em 1912, foi nomeada, por merecimento, Professora Catedrática.
Em 1932, nomeada Inspetora Escolar interina e efetivada no cargo em 1913. Neste
mesmo ano, foi nomeada Superintendente de Educação Elementar. Em março de 1940,
foi nomeada Chefe do Distrito Educacional e, em abril do mesmo ano, Técnica de
Educação.
Em 1949, ocupou o cargo de
Superintendente de Ensino.
Lecionou
como Professora Adjunta e Professora Catedrática em várias escolas do então
Distrito Federal e ocupou os cargos de Inspetora Escolar e Chefe de Distrito.
Participou de inúmeras comissões examinadoras de concursos e de outras
comissões especiais ligadas à área da educação. Emitiu pareceres sobre livros
didáticos, tendo participado do grupo que estabeleceu as normas para a
pronúncia da Língua Vernácula nas Escolas Primárias.
Desempenhou com excepcional
dedicação sua tarefa de educadora durante 52 anos, não faltando a um só dia de
trabalho ao longo de 24 anos consecutivos. Aposentou-se em março de 1955.
Foi alvo de numerosas
homenagens por ocasião de seu Jubileu de Ouro como professora.
Outras homenagens
significativas foram prestadas à professora Felicidade de Moura Castro: Medalha
Anchieta, Homenagens a seu nome em salas
de várias escolas e Medalha de Bons serviços de 4º Grau, concedida pelo então
Governador Carlos Lacerda, através do decreto Especial n.º 278 de 30 de
novembro de 1960.
Foi fundadora da União dos
Educadores, agremiação que congregava todos os professores do Curso Primário do
então Distrito Federal, tendo integrado o grupo responsável pela criação da
colônia de férias para professores, no Município de Mendes, Estado do Rio de
Janeiro.
Não foi apenas uma professora dedicada, mas
sobretudo notável figura humana, dotada de inabalável coragem e extraordinária
persistência. Seu testemunho de vida é lembrado não só por seus filhos, netos e
bisnetos, mas por todos quantos a conheceram.
Na minha infância, conheci Dona Felicidade como diretora da Escola Coelho Neto, em Ricardo de Albuquerque, RJ.Meu pai, Celso Pereira de Almeida, era o zelador da escola naquela época, pelos idos da década de 40. Era uma pessoa admirável.
ResponderExcluir